Dois protagonistas de um dos vídeos mais acessados nas últimas semanas no canal YouTube participaram ontem de uma entrevista que reacendeu discussões sobre o bullying - termo inglês que define perseguições e provocações constantes contra uma mesma pessoa capaz de provocar sérios danos psicológicos.
O vídeo em questão flagra o momento em que Casey Haynes, um jovem australiano de 16 anos, reage aos ataques de Richard Gale, seu colega de escola, atirando-o no chão. Vítima de bullying, Casey se transformou em uma espécie de ídolo instantâneo de jovens em situação semelhante.
Convidados pela rede australiana Channel Nine, os jovens falaram pela primeira vez sobre o assunto na noite desta segunda-feira (21). Durante a entrevista, Casey contou que depois de ser abandonado por oito amigos por ser gordo, passou a ser perseguido na escola. Durante três anos, o adolescente relevou todas as provocações, até a semana passada. "Eu estourei. O joguei no chão com força. Não pensei em nada, apenas me defendi. Não me arrependo", afirmou.
O garoto disse que chegou ao ponto de ter sido vendado e amarrado com fitas adesivas em um poste. "Pensei em suicídio. Não aguentava mais", revelou. No programa, o responsável pelas agressões, Richard, chorava ao ouvir a mãe dizer que ninguém deveria se machucar mais com a história. "Ele me bateu primeiro. Também foi vítima de bullying, sei como é ruim", declarou.
Segundo a tutora nacional de segurança pública, comissária Claudeny Spinelli, esse tipo de comportamento é mais comum do que se pode imaginar em escolas de todo o país. "É natural, e muito. Eles sofrem a perseguição e se escondem atrás desse lado mais `maléfico`, passando `para o outro lado`. É mais fácil. Ele não sabe a quem procurar, como se defender ou como fazer com que aquilo pare, então ele se lança a fazer outra criança sofrer", explica.
Integrante do Núcleo de Prevenção Social à Violência, da Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA), ela afirma que a implicância característica desse tipo de ação sempre existiu, "desde antes de Cristo", como classifica, a diferença, no entanto, são os efeitos cada vez mais devastadores desse tipo de discriminação. "Às vezes uma brincadeira, que na visão deles pode ser vista como comum, pode representar algo muito mais grave e causar danos às crianças. É preciso apostar na postura de pais e, em especial, de professores, que devem estar preparados para não bater de frente, não gritar, falar sempre com respeito e evitar conflitos. Muitos não levam a questão a sério e `empurram` o caso com a barriga", garante.
É na escola que esse tipo de violência se apresenta como mais comum. Em setembro do ano passado, uma situação bem semelhante à de Casey foi gravada em uma escola particular do bairro do Ibura, no Recife, e postado no YouTube.
O cenário, com crianças gritando e hostilizando um colega em frente à lente de um aparelho celular, se repete, mas no caso, em vez de agressões físicas, havia questões morais envolvidas, obrigando o jovem I.P.S., de 12 ans, a engolir um refrigerante que supostamente havia sido cuspido. A trangressão encontra na internet o ambiente ideal para se propagar rapidamente, sob o preceito da impunidade, inspirada pelo anonimato virtual.
Após denúncia do Diario, o vídeo foi retirado da página de vídeos, excluindo o conteúdo flagrante de abusos, mas não seus efeitos sob a criança. "Algumas provocações continuaram, mas no final do ano, o principal autor das `brincadeiras` se desculpou com meu filho e ele aceitou. Mesmo assim, pediu para sair da escola. Agora é que ele está começando a se enturmar, mas nos dois primeiros meses de aula no novo ambiente, ele ficou retraído, não conseguia se enturmar. Fui até chamada na direção por isso", disse. Até hoje, o inquérito aberto na GPCA continua em aberto.
Segundo a tutora nacional de segurança pública, comissária Claudeny Spinelli, esse tipo de comportamento é mais comum do que se pode imaginar em escolas de todo o país. "É natural, e muito. Eles sofrem a perseguição e se escondem atrás desse lado mais `maléfico`, passando `para o outro lado`. É mais fácil. Ele não sabe a quem procurar, como se defender ou como fazer com que aquilo pare, então ele se lança a fazer outra criança sofrer", explica.
Integrante do Núcleo de Prevenção Social à Violência, da Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA), ela afirma que a implicância característica desse tipo de ação sempre existiu, "desde antes de Cristo", como classifica, a diferença, no entanto, são os efeitos cada vez mais devastadores desse tipo de discriminação. "Às vezes uma brincadeira, que na visão deles pode ser vista como comum, pode representar algo muito mais grave e causar danos às crianças. É preciso apostar na postura de pais e, em especial, de professores, que devem estar preparados para não bater de frente, não gritar, falar sempre com respeito e evitar conflitos. Muitos não levam a questão a sério e `empurram` o caso com a barriga", garante.
É na escola que esse tipo de violência se apresenta como mais comum. Em setembro do ano passado, uma situação bem semelhante à de Casey foi gravada em uma escola particular do bairro do Ibura, no Recife, e postado no YouTube.
O cenário, com crianças gritando e hostilizando um colega em frente à lente de um aparelho celular, se repete, mas no caso, em vez de agressões físicas, havia questões morais envolvidas, obrigando o jovem I.P.S., de 12 ans, a engolir um refrigerante que supostamente havia sido cuspido. A trangressão encontra na internet o ambiente ideal para se propagar rapidamente, sob o preceito da impunidade, inspirada pelo anonimato virtual.
Após denúncia do Diario, o vídeo foi retirado da página de vídeos, excluindo o conteúdo flagrante de abusos, mas não seus efeitos sob a criança. "Algumas provocações continuaram, mas no final do ano, o principal autor das `brincadeiras` se desculpou com meu filho e ele aceitou. Mesmo assim, pediu para sair da escola. Agora é que ele está começando a se enturmar, mas nos dois primeiros meses de aula no novo ambiente, ele ficou retraído, não conseguia se enturmar. Fui até chamada na direção por isso", disse. Até hoje, o inquérito aberto na GPCA continua em aberto.
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